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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

2ª Aula - A Crise de 1383-85

2ª Aula - A Crise de 1383-85

Sumário: O Tratado de Salvaterra de Magos. A morte de D. Fernando, último rei da dinastia afonsina, e a crise de 1383/85. A subida ao trono de D. João I, primeiro rei da segunda dinastia ou dinastia de Avis.

Como estão recordados, na última aula falámos do rei D. Fernando e do seu envolvimento em três guerras com Castela, as chamadas guerras fernandinas, todas perdidas para Castela e que causaram ainda mais empobrecimento ao reino, já a braços com enormes dificuldades económicas, demográficas, sociais.
Em 2 de abril de 1383 foi assinado um complexo tratado entre D. Fernando, rei de Portugal, e o rei D. João I de Castela, o Tratado de Salvaterra de Magos, que estipulava o casamento da filha única de D. Fernando e de Dona Leonor de Teles, Dona Beatriz, com D. João I de Castela. Estipulava ainda que, à morte de D. Fernando, se não houvesse herdeiro varão, Dona Leonor de Teles ficaria regente até Dona Beatriz ter um filho com catorze anos, em posição de assumir os destinos do trono português.
A 30 de abril, Dona Beatriz casou com D. João I e, a 22 de outubro, D. Fernando morreu abrindo em Portugal uma crise política devido ao problema da sucessão.
A rainha viúva, dona Leonor de Teles, assumiu a regência do trono português mas rapidamente surgiram as primeiras revoltas contra esta rainha não amada pela generalidade do povo, entre outros motivos pela influência que sobre ela tinha o Conde João Fernandes Andeiro, nobre galego seu conselheiro.
Os acontecimentos precipitaram-se e, a 6 de dezembro, Álvaro Pais chefia uma conspiração para matar o conde. D. João, Mestre de Avis, filho ilegítimo do rei D. Pedro e meio irmão de D. Fernando, entra no Paço da Rainha com um grupo de conspiradores e mata o conde. Dona Leonor foge para Santarém e dali envia um mensageiro à corte de castela solicitando ajuda ao seu genro, D. João I.
A sociedade portuguesa divide-se em duas fações - o povo, a burguesia, o baixo clero e a baixa nobreza apoiam o Mestre de Avis enquanto a alta nobreza e o alto clero apoiam os interesses e pretensões de Castela.
Entretanto, a 15 de dezembro de 1383, em Lisboa, reúne uma assembleia popular que elege o Mestre de Avis "Regedor e Defensor do Reino".
Em janeiro de 1384 as tropas castelhanas invadiram Portugal e no dia 6 de Abril desse mesmo ano os dois exércitos enfrentaram-se na batalha dos Atoleiros, saindo vitoriosas as tropas portuguesas, comandadas por D. Nuno Álvares Pereira, apesar do número  bastante inferior, batalha onde, pela primeira vez, foi usada a tática do quadrado.
A 29 de maio de 1384, D. João I de Castela cerca Lisboa, cidade cuja defesa estava à guarda de D. João, Mestre de Avis. O cerco durou quatro longos meses e foi muito penoso para as populações devido às privações alimentares... entretanto a peste instalou-se no exército castelhano que levantou o cerco, libertando, deste modo, a cidade.
O prestígio do Mestre foi crescendo, muitas povoações apoiavam-no e a 6 de abril de 1385, o Mestre de Avis, nas Cortes de Coimbra, foi aclamado rei de Portugal com o título de D. João I.
D. João I de Castela invade, de novo, Portugal. Travam-se as batalhas de Trancoso, Aljubarrota e Valverde, todas ganhas por Portugal e que ajudaram a consolidar a independência nacional.
Em 1386, D. João I mandou edificar o mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido por Mosteiro da Batalha, que comemora a vitória dos portugueses na batalha de Aljubarrota.

Podes visitá-lo, virtualmente, aqui.

A apresentação em PowerPoint, já explorada em contexto de sala de aula, encontra-se na hiperligação B - A Crise de 1383/85.

E agora tenho uma enooooorme surpresa para grande parte dos meus alunos... sim, são vocês no vídeo... ainda tão pequeninos! durante a representação teatral preparada pela vossa muito querida professora Ana Oliveira que vos ensaiou e que aplanou trabalho para que vocês chegassem às minhas mãos, no 7º ano de escolaridade, a amar História.
Deixem-me desabafar... que saudades desta vossa professora de História e do trabalho, entusiasmado, que partilhámos um dia...
Tomara que a EB 2/3 de Amarante possa contar, um dia, e de novo, com o seu trabalho...



Ainda sobre a crise, uma síntese...



... e agora, dou a palavra a José Hermano Saraiva.






11 comentários:

  1. jose miguel alves pereira5 de outubro de 2012 às 03:03

    E lá estamos nós no primeiro vídeo!!!
    Na altura o 5.ºJ, atual 8.ºC (e outros alunos).
    Tenho de agradecer à nossa antiga professora Ana Sá Oliveira, que nos deu aulas até ao ano passado. Muito empenhada na felicidade de todos os alunos (como a professora Anabela.
    (Já há algum tempo tento saber o e-mail da professora Ana Oliveira, mas não consigo encontrar, quem souber....)

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  2. E lá estão vocês!!! Tão pequeninos!!!!
    Obrigada pelas palavras que aqui nos deixas, Zé Miguel, neste dia que é o Dia Mundial do Professor. Neste mundo já de si tão complicado todos temos obrigação de tentar tornar os nossos dias dias mais felizes. Acredito que todos somos precisos e todos podemos contribuir para isto. Alunos e professores, professores e alunos. Nós estamos a passar o testemunho... o futuro é vosso...
    Quanto ao mail da professora Ana Oliveira... já o tive... vou tentar recuperá-lo.
    Beijinhos e fica bem!

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  3. jose miguel alves pereira5 de outubro de 2012 às 14:12

    ok.
    Quando conseguir encontrar o e-mail da professora mande-me uma mensagem.

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  4. Oki! Não me esquecerei, Zé Miguel!
    Beijocas!

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  5. Professora Anabela eu tenho o e-mail da Professora Ana Oliveira posso dá-lo na próxima aula. Adeus, beatriz.

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  6. Muitíssimo obrigada, Beatriz! Assim sendo, retomarei o seu precioso contacto.
    Beijinhos e até amanhã!

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  7. Meus queridos:
    É com tanta saudade que vos recordo. Guardo-vos no meu coração e, ainda hoje, consigo ver as vossas carinhas, o vosso olhar ávido de curiosidade e sempre prontos para fazer tudo que vos era proposto.
    De vós recebi respeito, amor e muita dedicação. Adoro os meus alunos e adoro ser professora!
    Considero-vos, juntamente com os meus colegas, a minha segunda família e a escola a minha segunda casa.
    Aprender e partilhar é também ser feliz!
    Este ano letivo, fiquei colocada no Algarve, na Quarteira, e ao fim de tantos anos de serviço, agarrei na sacola, deixei a família e vim para cá. É certo que concorri para o país todo, como sempre o fiz, mas na esperança de ficar perto de casa, pois já ando nesta vida de contratada desde o ano letivo de 1987/1988.
    Confesso, que no início foi muito difícil… chorei como uma criança, mas ao ver os novos alunos, um novo alento e coragem se apoderou de mim. E cá estou eu, com um sorriso aberto e tal como vos fazia, recebo-os à entrada da sala de aula, digo vinte e seis (ou mais) “Bons Dias” e faço um carinho na cabeça de cada um.
    Continuai a ser essas pessoas fantásticas, que um dia, eu tive a felicidade/privilégio de conhecer e trabalhar.
    A disciplina de História é lindíssima e desvendar “os feitos dos Homens” é conhecer-nos melhor, tornando-nos cidadãos mais responsáveis.
    Quanto à vossa professora Anabela Magalhães, digam lá se eu não tinha razão quando vos dizia que era uma pessoa espetacular e uma ótima profissional! Não é verdade?
    Beijinhos e um xi coração carregado de saudade.
    Fiquem bem!
    Ana Oliveira

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  8. Continuamos a trilhar caminhos pedregosos, Ana Oliveira. Aliás, os caminhos apresentam-se mais pedregosos do que nunca. Imagino a tua dualidade de sentimentos, ao fim de tantos anos a teres de ir para o Algarve trabalhar, a teres de deixar para trás a tua filhota... por outro lado imagino a felicidade que sentiste por poderes prosseguir o teu trabalho, tão feliz!, com os teus novos alunos! Este país está um lugar desgraçado! :((((
    Tantos professores de fora, sem conseguirem trabalhar naquilo em que são bons e para o qual foram preparados! Tantos! De História também!
    A Beatriz deu-me o teu e-mail e vou entrar em contacto contigo ainda este fim-de-semana... preciso de manter o contacto.
    Digo-te desde já que sinto muito a tua falta na Escola... sinto a falta das nossas conversas de trabalho, de troca de estratégias entre duas pessoas que falam a mesma linguagem. O que é raro nos dias que correm.
    De resto... olha, precisamos todos de coragem!
    Beijinhos! Muitos! Com saudadinhas.

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  9. Uma conversa entre professoras muito interessante, mas.... vou meter um comentário aqui no meio a dizer que estou muito contente por a minha, e de muitos outros alunos sortudos,professora Ana Sá estar com trabalho, e isso é que interessa agora.
    Ainda não tenho o seu e-mail tão desejado neste momento, mas em breve vou tê-lo.
    Já tentei por algumas vezes entrar em contacto com a professora Ana Oliveira, mas o e-mail não estava correto.
    Beijinhos!

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  10. Taça, obrigada pelo teu comentário solidário! Eu posso dar-te o e-mail da professora Ana Oliveira... :)))))))))))
    Beijinhos!

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  11. jose miguel alves pereira20 de outubro de 2012 às 06:23

    eu tinha dito na aula que não sabia se tinha "assinado"......

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