Todo o trabalho partilhado neste blogue pode ser visionado, consultado e utilizado, mas, por favor, não apague os créditos de um trabalho que é meu. E não plagie. O plágio é uma prática muito feia. Se entender contactar-me o meu e-mail é anabelapmatias@gmail.com
Agradeço aos autores dos vídeos a sua partilha, generosa, no Youtube. Sem esta partilha, as minhas postagens ficariam mais pobres.

sábado, 17 de novembro de 2012

6ª Aula - A Exploração da Costa Ocidental Africana e os Antecedentes da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia.

6ª Aula - A Exploração da Costa Ocidental Africana e os Antecedentes da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Sumário: A exploração da costa ocidental africana e o contrato de arrendamento entre D. Afonso V e Fernão Gomes.
Antecedentes da descoberta do caminho marítimo para a Índia.
A descoberta da América por Cristóvão Colombo. O Tratado de Tordesilhas.

Como já vimos em contexto de sala de aula, D. Afonso V, o Africano, sobiu ao trono em 1448. Em 1456 é descoberto o arquipélago de Cabo Verde mas D. Afonso V vai privilegiar uma política de conquistas no norte de África - conquista Alcácer Ceguer em 1458, Anafé em 1464, Arzila, onde o príncipe D. João, futuro D. João II, é armado cavaleiro, Tânger e Larache em 1471. No entanto não descura completamente a exploração da costa africana e, neste sentido, em 1469, D. Afonso V fez um contrato de arrendamento e de exploração, da costa ocidental africana, com Fernão Gomes, um rico mercador de Lisboa, pelo período de 5 anos. Fernão Gomes ficava obrigado a pagar 200 mil réis por ano e a descobrir, por cada ano de contrato, cem léguas para sul reservando para si, em troca, o comércio nessa zona em regime de monopólio. Este contrato revelou-se um êxito tal que foi alargado por mais um ano e durante a sua vigência foi explorada a costa africana do Golfo da Guiné ao Golfo de Santa Catarina, incluindo a rica região da Mina.
Entretanto, em 1479, foi assinado o Tratado das Alcáçovas entre Portugal e Castela que estipulava que Castela ficava com a posse do arquipélago das Canárias e Portugal ficava com os arquipélagos da Madeira, Açores e Cabo Verde e com a exploração e descobertas a sul das Canárias.
O rei D. João II, (1481-1495), filho de D. Afonso V, já governava o país nos últimos anos do reinado do seu pai mas só em 1481, após a sua morte, sobiu ao trono como Rei de Portugal.
Em 1482 começou a ser construída a feitoria de S. Jorge da Mina, atual Gana, que, ao entrar em funcionamento assegurando o comércio do ouro, escravos, malagueta e do marfim, provocou o declínio da feitoria de Arguim, mais a norte, na atual Mauritânia.
Entre 1482 e 1483, Diogo Cão explorou a costa ocidental africana até ao rio Zaire, explorou parte do percurso deste rio e regressou ao reino para voltar a encetar uma nova viagem inda mais para sul, 1485/86, que o levaria à exploração da costa de Angola e da Namíbia.
Em 1487, Pêro da Covilhã explorou parte do oceano Índico e da costa oriental africana e em 1488 Bartolomeu Dias passou o cabo das Tormentas, posteriormente cabo da Boa Esperança e abriu, finalmente, a passagem para o oceano Índico - era possível chegar à Índia por mar!
Entretanto Cristóvão Colombo apresentou a D. João II o plano de chegar à Índia por mar, navegando para ocidente, mas D. João II não o aceitou. Cristóvão Colombo vai acabar por o apresentar aos reis católicos de Espanha, Isabel e Fernando, que vão financiar a viagem. Cristóvão Colombo avistou as atuais Bahamas em 1492, desembarcou em La Hispaniola, atual Haiti e em Cuba tendo regressado a Espanha em 1493.
D. João II, com base no Tratado das Alcáçovas, reivindicou o território descoberto por Colombo e tornou-se necessário fazer um novo tratado que pusesse fim à disputa pelo novo território descoberto.
D. João II negociou e assinou o Tratado de Tordesilhas que instituiu o princípio do "Mare Clausum", mar fechado à navegação para além da espanhola e portuguesa e que estipulava que o mundo ficava dividido em duas zonas de influência por um meridiano que passava a 370 léguas a oeste de Cabo Verde e que as terras descobertas ou a descobrir a oeste deste meridiano  seriam pertença de Castela e as terras descobertas ou a descobrir a oriente deste meridiano seriam pertença de Portugal.
Com este tratado, habilmente negociado por D. João II, Portugal reservou para si a exploração do caminho marítimo para a Índia e o Brasil, matéria reservada às duas próximas aulas.

A apresentação em PowerPoint está publicada na minha página de recursos com o nome de F- A exploração da costa ocidental africana e os antecedentes da descoberta do caminho marítimo para a Índia. Consultem-na! Façam os trabalhos de casa!

Aproveitem para rever a parte final do vídeo 10 - Portugal no tempo das descobertas, publicado na aula nº 4.

E para quem quiser aprofundar os conhecimentos sobre caravelas, naus e galeões... melhorando a nossa auto-estima, já agora...

5 comentários:

  1. Boa tarde estou no 8º ano e tenho estudado pelo seu blog e pelos power points que faz e são 5*. Nunca tive grandes notas a história e desde que comecei a estudar por aqui aumentei as minhas notas. Obrigada professora ainda que não seja minha professora

    ResponderEliminar
  2. Muito obrigada, meu querido anónimo! Nem sabes como fico contente por saber que te sou útil! Sabes, essa é uma das preocupações que norteiam a minha vida - gosto de ser útil e de me sentir com alguma utilidade.
    Beijo grande!

    ResponderEliminar
  3. Os seus vídeos são um máximo continue assim pois até a minha professora de história concordou comigo e passou dois dos seus vídeos na aula!!!
    Obrigado!

    ResponderEliminar
  4. Muito agradecida pelo teu incentivo ao meu trabalho neste blogue, caríssimo aluno anónimo! Votos de excelente ano!

    ResponderEliminar
  5. Muito agradecida pelo teu incentivo ao meu trabalho neste blogue, caríssimo aluno anónimo! Votos de excelente ano!

    ResponderEliminar