Todo o trabalho partilhado neste blogue pode ser visionado, consultado e utilizado, mas, por favor, não apague os créditos de um trabalho que é meu. E não plagie. O plágio é uma prática muito feia. Se entender contactar-me o meu e-mail é anabelapmatias@gmail.com
Agradeço aos autores dos vídeos a sua partilha, generosa, no Youtube. Sem esta partilha, as minhas postagens ficariam mais pobres.

sábado, 28 de abril de 2012

26ª Aula - A Nova Vaga de Invasões

26ª Aula - A Nova Vaga de Invasões

Sumário: A segunda vaga de invasões: muçulmanos, normandos e húngaros.

Os árabes são originários da Península Arábica e era aí que viviam num território caracterizado por ser um enorme deserto, uma extensão do Sahara, ponteado aqui e ali por oásis. As tribos que aí habitavam, sem unidade política, eram maioritariamente nómadas, dedicando-se à criação de gado e ao comércio de produtos vindos do Oriente que faziam chegar às margens do Mediterrâneo através das rotas caravaneiras que atravessavam o deserto arábico de lés a lés. Nos oásis havia populações sedentárias que praticavam a agricultura e a criação de gado. Tinham em comum o facto de serem politeístas e adoravam forças da natureza, pedras, fontes, astros.
E foi neste contexto que nasceu Maomé, por volta do ano 570, na cidade de Meca, atualmente a primeira cidade santa do Islão, situada na Arábia Saudita. Maomé cresceu e dedicou-se ao comércio, entrando em contacto com as duas religiões reveladas por Deus - o Judaísmo e o Cristianismo - e, aos 40 anos, numa gruta do monte Hira, o anjo Gabriel revelou-lhe a palavra de Alá, Deus, que viria a ser transcrita para o Corão, livro sagrado para todos os muçulmanos e o livro equivalente à Bíblia para os Cristãos.
Maomé começou a pregar a nova religião mas o seu monoteísmo colidiu com o politeísmo praticado pelos árabes e, em 622, Maomé foge, por razões de segurança, de Meca para Medina, por este facto segunda cidade santa do Islão, igualmente na Arábia Saudita atual. Em árabe, hégira significa fuga e esta data que marca o tempo no calendário árabe sendo o equivalente ao nascimento de Cristo no nosso calendário. Mais tarde, Maomé ou Mohammed, regressa a Meca e após a sua morte os seus sucessores, os califas, vão continuar a pregar o islamismo, com grande êxito, já que esta religião, baseada em cinco pilares - na crença de um Deus único e em Maomé como profeta maior; na obrigatoriedade de rezar cinco vezes ao dia; em cumprir o jejum do mês do Ramadão; obrigação da caridade e da esmola aos necessitados e em cumprir a hadj, peregrinação a Meca, pelo menos uma vez na vida, vai-se expandir muito rapidamente até pelo desejo de espalhar a nova religião, a djihad ou guerra santa e pelo desejo de encontrar terras mais férteis do que as existentes na Península Arábica. Assim, os árabes muçulmanos vão-se expandindo para oriente e para ocidente e ocupam todo o Norte de África onde vão islamizar os povos berberes que aí habitavam.

 A segunda vaga de invasões que assolou a Europa do Sul, teve a origem no Norte de África, no ano de 711 . Os muçulmanos, comandados por Tarik, e a pedido de uma das fações visigodas que lutava pelo poder na Península Ibérica, invadiu-a e, perto do rio Guadalete, aconteceu o primeiro confronto entre o exército cristão e muçulmano na batalha que ficou conhecida pelo nome de Batalha de Guadalete, batalha esta ganha pelos muçulmanos. A progressão dos muçulmanos na Península Ibérica foi muito rápida, até porque o poder dos visigodos encontrava-se, à época, enfraquecido e fragmentado e os árabes chegam mesmo a penetrar no território dos Francos, atual França, onde foram travados, em 732, na Batalha de Poitiers, pelo exército franco liderado por Carlos Martel.

Entretanto, mais a Norte, a partir do século VIII e até ao século XI, atacavam os Normandos ou Vikings, originários da península da Escandinávia que atacavam preferencialmente as cidades costeiras no Norte da Europa semeando o pânico e a destruição.
A partir do século IX, povos oriundos da Ásia, os húngaros ou magiares, atacam vindos do leste e chegam a território franco espalhando por sua vez a destruição e a morte, contribuindo para o medo e sentimento de insegurança generalizado entre os europeus. Os húngaros vão acabar por se fixar junto ao rio Danúbio, na atual Hungria.
Esta nova vaga de invasões veio perturbar o equilíbrio, ainda muito instável e precário, dos novos reinos cristãos resultantes da primeira vaga de invasões bárbaras que destruiu o Império Romano do Ocidente originando uma fragmentação do poder político, visível ainda hoje, apesar da UE.

A apresentação em PowerPoint explorada em contexto de sala de aula já está reformulada e partilhada em T - O Novo Mapa da Europa - Invasões árabes, vikingues e húngaras.
Deixo-vos ainda dois vídeos síntese, por isso curtinhos, e ainda outro um pouco mais longo mas muitíssimo interessante sobre o Islamismo. Vejam-nos atentamente aproveitando, assim, para consolidar os conhecimentos adquiridos em contexto de sala de aula e aproveitando igualmente para consolidar conhecimentos de EMRC.
Deixo-vos ainda um vídeo sobre os Vikings. Não deixem de aprofundar os vossos conhecimentos sobre este povo guerreiro e lendário.
Podem e devem ainda realizar os questionários do vosso manual e já sabem, qualquer dúvida que surja... estou inteiramente disponível para os esclarecimentos devidos via face, mail, messenger... o que for.
Votos de excelente trabalho!








segunda-feira, 23 de abril de 2012

25ª Aula - As Invasões Bárbaras e o Novo Mapa da Europa

25ª Aula - As Invasões Bárbaras e o Novo Mapa da Europa

Sumário: A primeira vaga de invasões - as invasões bárbaras e o novo mapa político da Europa. O papel evangelizador da Igreja Católica no ocidente europeu.

Os germânicos ou germanos, povos de origem indo-europeia a quem os romanos depreciativamente chamavam bárbaros, viviam fora das fronteiras do império romano, para além dos rios Reno e Danúbio. Eram povos bastante mais atrasados e rudes do que os romanos, viviam em aldeias, dedicavam-se à agricultura, à criação de gado, à metalurgia e à guerra. A partir do século II os bárbaros começaram a instalar-se dentro do império romano, mais ou menos pacificamente, mais ou menos tolerados pelos romanos, chegando até a integrar o exército romano.
A partir de finais do século IV, pressionados pelos Hunos que se deslocavam da Ásia Central para Ocidente, os bárbaros irromperam violentamente pelo Império adentro, onde encontraram apoio junto dos seus, provocando o caos, a destruição, a violência e a morte. Em 395, o Império é dividido em dois - Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente. A queda de Roma, em 476, tem como maior consequência a queda do Império Romano do Ocidente. O Império estava ferido de morte, o poder político central desaparecera, as populações estavam quase completamente indefesas, não fora a proteção dos membros do clero. Entretanto, os bárbaros - Vândalos, Suevos, Visigodos, Ostrogodos, Burgúndios, Anglos, Saxões, Francos... vão-se acomodando dentro dos territórios que antes fizeram parte do Império Romano dando origem aos reinos bárbaros que, por sua vez, dão origem à Europa que hoje conhecemos - a Europa das Nações. Aqui, na Península Ibérica, vão surgir dois importantes reinos - o Suevo e o Visigodo. Este último anexará, posteriormente, o reino suevo.
As relações entre conquistados e conquistadores são inicialmente difíceis. Os bárbaros não falam latim, não professam o cristianismo, não se esqueçam que esta era já a religião oficial do Império desde 380, não têm os mesmos usos e costumes... mas, com o tempo, vão acabar por se aproximar entre si, invadidos e invasores, quer através de casamentos mistos, quer através da ação dos membros da Igreja Católica, nomeadamente dos seus bispos que vão encetar a tarefa de evangelização destes povos pagãos.
O primeiro rei bárbaro a converter-se ao cristianismo foi o rei dos Francos, Clóvis, em 496,
posteriormente converte-se Recaredo, rei dos Visigodos e Teodemiro, rei dos Suevos, que, dando o exemplo aos seus súbditos, vão acelerar o processo de conversão ao cristianismo por parte desta população vitoriosa, esbatendo diferenças entre conquistados e conquistadores e contribuindo para a sua fusão.
As ordens religiosas desempenharam um importantíssimo papel na evangelização, nomeadamente a Ordem de S. Bento, fundada no Monte Cassino, em Itália, em 529.
Esta ordem devia ser autosuficiente, atenção ao significado desta palavra!, e os seus membros deviam realizar trabalho manual, intelectual, para além da obrigação primeira que era o dever da oração.  Desbravaram florestas, cultivaram campos, dedicaram-se à produção artesanal, para além de fundarem escolas, bibliotecas e copiarem livros, os chamados manuscritos. Desempenharam, pois, um importante papel do ponto de vista económico e cultural.

Na próxima aula abordaremos a segunda vaga de invasões que vai contribuir para mais insegurança vivida e sentida um pouco por toda a Europa Ocidental.
Por agora deixo-vos com a minha apresentação em PowerPoint intitulada S - O Novo Mapa da Europa, Invasões Bárbaras.
Deixo-vos ainda quatro vídeos curtinhos, mas muito interessantes, sobre as invasões bárbaras que selecionei para vocês no Youtube. Não deixem de os ver! Acho que vão gostar. O último trata especificamente o caso da Península Ibérica.
Ah! E vão estando atentos aos meus sublinhados... como sabem, é uma técnica de estudo utilizada por muitos, por mim também...
Bom trabalho a todos!










sexta-feira, 20 de abril de 2012

24ª Aula - O Cristianismo

24ª Aula - O Cristianismo

Sumário: Origem, princípios e difusão do Cristianismo. De religião perseguida a religião oficial do Império Romano.

A última aula sobre o Cristianismo versou sobre algumas matérias por vós já mais do que aprendidas na Catequese e nas aulas de EMRC.
De facto, quem não sabe que Jesus Cristo, filho de Maria e de Deus (para quem o reconhece como filho de Deus)nasceu em Belém, na província romana da Judeia, ao tempo do primeiro imperador de Roma, Octávio Augusto?
Quem não sabe que os Judeus, antigos Hebreus, monoteístas, aguardavam a vinda de um Messias que salvaria e engrandeceria Israel e o seu povo?
Quem não sabe que Jesus começou a pregar aos 30 anos uma mensagem original e revolucionária baseada no amor ao próximo, no perdão, na solidariedade e na caridade, na igualdade de todos os homens perante Deus, mensagem que Jesus dirigiu a toda a Humanidade? E que os dirigentes Judeus o encararam como um impostor, um agitador, tendo sido condenado, aos 33 anos, ao martírio e à morte por crucificação pelo Sinédrio, Grande Conselho Judaico, sentença confirmada pelo governador romano da província, Pôncio Pilatos?
Todos estes factos são conhecidos, até pelos inúmeros filmes que sobre esta temática foram sendo realizados ao longo dos tempos sobre um tema que, desde sempre, apaixonou os homens.

Talvez não saibais é que inicialmente o Cristianismo até foi aceite pelos romanos, num império profundamente politeísta e permissivo, mas que rapidamente passou a religião perseguida pelo facto dos seus princípios colidirem com princípios fundamentais romanos como o politeísmo e o culto ao imperador - os cristãos recusavam praticar outros cultos pois só prestavam culto a Deus - e colidirem com o fundamento da economia e sociedade romana, profundamente esclavagista, enquanto os cristãos defendiam a igualdade e o respeito entre todos os homens, sem exceção.
As perseguições aos cristãos foram, por vezes, ferozes destacando-se as perseguições movidas por Nero, Domiciano, Adriano e Diocleciano e muitos cristãos encontraram a morte nas arenas, por exemplo do emblemático Coliseu de Roma, em espetáculos sangrentos e violentos tão do agrado dos romanos e dos quais, ainda hoje, subsistem reminiscências desta violência nas touradas.
Durante séculos os cristãos, quais toupeiras, escavaram túneis e câmaras no subsolo, as catacumbas, onde praticavam o culto e sepultavam os seus mortos, segundo os rituais cristãos, longe dos olhares dos seus perseguidores.
Em 313, o imperador Constantino concedeu liberdade religiosa a todos os habitantes do império, através do Edicto de Milão, e os cristãos, depois de séculos de perseguições mais ou menos violentas, puderam finalmente abandonar os subterrâneos e praticar o culto à superfície. Evidentemente, só a partir desta data é que surge a arquitetura cristã com a edificação das primeiras igrejas e batistérios que até aí, por razões de segurança, eram inexistentes.
Em 380, o imperador Teodósio, através do Edicto de Tessalónica, impõe o cristianismo como a religião oficial do Império Romano.
O cristianismo vai influenciar profundamente a vida no período medieval, matéria que abordaremos já na próxima aula. Aliás, o cristianismo ainda hoje influência profundamente a nossa vida... lembrem-se das cerimónias religiosas da Páscoa...

Como de costume, podeis consultar a apresentação em PowerPoint na minha página de recursos, onde está partilhada com o nome - R - Cristianismo, apresentação que já foi reformulada para este ano letivo.

E agora, para vos ajudar a decifrar o cristianismo... uma excelente e empolgante série divulgada pelo canal Odisseia.






sábado, 17 de março de 2012

Portefólios

Capitel Dórico - Portefólios 7º Ano - EB 2/3 de Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Portefólios

Hoje partilho a beleza de um capitel dórico pertencente à ordem arquitetónica grega homónima.
Corrigir portefólios e deparar-me com estas belezas torna o meu trabalho mais leve leve...
Obrigada, Aluna Minha!

terça-feira, 6 de março de 2012

Partilha - Portefólio - Objetivos

Partilha - Portefólio - Objetivos

Hoje volto a partilhar com os meus leitores um texto de um portefólio de um aluno que me enche de orgulho. Esta partilha só a faço depois de obtidas as respetivas autorizações: primeiro do seu autor, depois da encarregada de educação do aluno em causa.
Este texto não é novo para mim já que o li aquando da primeira correção, de fio a pavio, dos portefólios de todos os meus alunos no final do 1º período. Entretanto voltei à carga, estamos já na reta final deste 2º período e tenho de analisar os progressos feitos, ou não!, e vai daí voltei a reler esta preciosidade de texto direto, sem subterfúgios, escrito por um aluno que não tem qualquer problema em afirmar ao que vem.
Pegar num portefólio destes, em plena esplanada no meu umbigo inundado de sol, deixou-me, um dia destes, de sorriso rasgado de orelha à orelha.
Obrigada, aluno meu!

Os meus objetivos para a disciplina de História

"Olá! Eu sou o ****** e os meus objetivos para a disciplina de História são obter a nota máxima para ser um exemplo para tudo e todos, pois eu não quero ser só mais um no Mundo, mas sim alguém que possa ser admirado pelos seus feitos e que seja recordado pelo que fez.
Planeio ficar a conhecer mais do já sei pois é para isso que estamos na escola e até lá vou esforçar-me ao máximo para o conseguir.
Vou tentar melhorar e vou convencer-me que eu consigo.
Daqui até lá digo adeus."

segunda-feira, 5 de março de 2012

Esclarecimento de Dúvidas

Esclarecimento de Dúvidas

Meus queridos alunos,

sabeis exatamente onde me encontrar, on ou off-line, e por isso não há razões para permanecerem com dúvidas. Coloquem-nas. Já sabeis que não ficareis sem respostas.
Votos de excelente trabalho para todos!
Votos de excelente preparação para o teste de avaliação... e o segundo período está praticamente no fim... não é incrível?

domingo, 4 de março de 2012

21ª Aula - A Arte Romana

21ª Aula - A Arte Romana

Sumário: A arte romana: pintura, mosaico, escultura e arquitetura.

Iniciámos a aula sobre a arte romana abordando a pintura que chegou até nós em grande número através de inúmeros frescos mais ou menos preservados, alguns excelentemente preservados. Trata-se, normalmente, de pintura polícroma, figurativa, realista, naturalista, expressiva, sóbria, onde estão representadas cenas do quotidiano, históricas, mitológicaspaisagens, muitas vezes enquadradas por apontamentos de decoração geométrica.
O mosaico, realizado a partir das tesselas, técnica em que os romanos foram especialistas, manteve a mesma temática e as mesmas características válidas para a pintura e temos exemplares fabulosos por todos o espaço do antigo império, felizmente também em território português, mais concretamente em Conímbriga.
Quanto à escultura temos uma tipologia dividida em baixos-relevos, bustos, estátuas de corpo inteiro e estátuas equestres. As características são comuns e destacam-se pelo seu realismo, expressividade, sobriedadenaturalidade. Não se esqueçam que, contrariamente ao idealismo grego, os escultores romanos esculpiram verdadeiros retratos psicológicos com magistral mestria, atingindo um nível de qualidade extraordinário. Esculpiam em bronze mas o material preferido era o mármore.
Relativamente à arquitetura, de nítida influência grega, os romanos usaram as ordens gregas a que acrescentaram a ordem compósita, combinação da coríntia com a jónica, usaram também o frontão triangular, mas foram capazes de inovar usando elementos arquitetónicos como o arco de volta perfeita, a abóbada de berço, a cúpula, o frontão semicircular.
A tipologia é vasta e controem aquedutos, arcos de triunfo, termas, templos, basílicas, teatros, anfiteatros, pontes... sendo, comprovadamente, excelentes engenheiros. Quanto às características podemos apresentar a robustez, a durabilidade, a monumentalidade, a funcionalidade, daí muitas destas construções ainda estarem em uso nos dias de hoje.
Os romanos eram, comprovadamente, homens muito pragmáticos, muito práticos, e isso está patente no imenso,valioso e diverso património artístico romano chegado até aos nossos dias.

Podeis consultar a apresentação em PowerPoint já explorada em contexto de sala de aula em Q - A arte romana - pintura, mosaico, escultura, arquitetura e podeis fazer a ficha formativa O - Roma 3.

Podeis ainda ver aqui uma reconstrução em 3D do Coliseu de Roma.



E aqui reconstruções de vários edifícios emblemáticos romanos, em 3D.

Este vídeo, a Hispania Romana, faz-nos já a ponte para as invasões bárbaras, matéria que abordaremos logo a seguir ao cristianismo.



E agora um tour virtual por Roma, capital do Império Romano.
Que cidade fabulosa...


sábado, 3 de março de 2012

20ª Aula - Roma - Sociedade, Instituições Políticas e Religião

20ª Aula - Roma - Sociedade, Instituições Políticas e Religião

Sumário: A sociedade romana. As instituições políticas. A religião

A sociedade romana dividia-se em privilegiados, de que faziam parte os membros que integravam a ordem senatorial composta pelos mais ricos, grandes proprietários de terras que ocupavam os mais altos cargos da administração e do exército e que tinham de possuir uma fortuna superior a um milhão de sestércios, só eles é que podiam ser nomeados para o senado e os membros da ordem equestre, os cavaleiros, com uma fortuna superior a 400 mil sestércios, dedicavam-se ao comércio e ocupavam cargos intermédios na administração. Temos ainda os não privilegiados, de longe a maioria, que integrava a plebe urbana e rural, cidadãos, homens livres, que podiam ser pequenos proprietários de terras, camponeses, artesãos, pequenos comerciantes ou indigentes que viviam na dependência de famílias ricas ou mesmo do imperador e temos ainda os libertos, antigos escravos libertados cujos filhos adquiriam o direito de cidadania e eram livres, é claro, e os escravos que eram propriedade de um dono e eram considerados coisas.
A partir de 27 a. C surge uma nova forma de governo que sucede à República - o Império. O primeiro imperador é Octávio César Augusto e os imperadores têm poderes alargados - políticos, militares, financeiros, judiciais e religiosos e são divinizados após a morte.
Quanto à religião, os romanos são politeístas, numa próxima aula vamos ver a implantação do Cristianismo no império romano, adoram muitos deuses e têm até muita facilidade em incorporar cultos dos povos conquistados, dos gregos, dos egípcios, até dos persas. Os romanos praticam o culto doméstico dirigido pelo pater famílias, o culto público, dirigido por sacerdotes ou sacerdotisas, praticam a adivinhação através da observação das vísceras dos animais, faziam promessas e sacrifícios aos deuses.
A herança romana está bem presente ainda hoje na língua que falamos, o português, e que derivada do latim, assim como o francês, o romeno, o espanhol e o italiano, no direito de muitos países ocidentais que derivam do direito romano, nas técnicas construtivas que nos influenciaram até aos dias de hoje em que utilizamos elementos arquitetónicos usados pelos romanos como o arco de volta perfeita, a abóbada de berço e a  cúpula, está presente no urbanismo, na arte, no cristianismo, na numeração romana que ainda hoje é usada.

Deixo-vos o link para a apresentação em PowerPoint intitulada P - Sociedade, instituições políticas e religião e ainda para a ficha formativa que podeis resolver em N - Roma 2.

E deixo-vos ainda uns vídeos que complementarão, por certo, esta aula.
Os primeiros são fabulosas visitas virtuais a casas romanas. Não deixem de ver.











Um "take-away" pompeiano.



E deixo-vos ainda um segundo vídeo, curtinho, que nos mostra uma reconstrução virtual de Pompeia. Não percam!



E ainda uma reconstituição das Termas de Caracala.



E ainda o Coliseu de Roma em 3D.


Bom trabalho!

sexta-feira, 2 de março de 2012

19ª Aula - Império Romano, Romanização e Economia

19ª Aula - Império Romano, Romanização e Economia

Sumário: A formação do Império Romano e a romanização dos povos conquistados. A economia romana.

A cidade de Roma foi fundada pelos Latinos, na margem direita do rio Tibre, na península Itálica, em meados do século VIII.
Inicialmente era um pobre povoado, habitado por agricultores e criadores de gado que, de 616 a 509 a. C., vão ser ocupados e dominados pelos Etruscos até que os Latinos expulsam os Etruscos e iniciam a sua própria expansão, conquistando os seus vizinhos da península itálica - Etruscos, Úmbrios, Samnitas, Sabinos, prosseguindo, imparáveis, pela restante Europa, Norte de África e Ásia até estabilizarem o império no século II, quando este conheceu a sua máxima extensão, e ia até à Bretanha, e rodeava todo o mar Mediterrâneo, tendo-o transformado num autêntico lago romano, no mare nostrum.
As motivações para a expansão foram muitas e variadas, desde logo por razões de segurança que se ligam ao ataque ser a melhor defesa. De facto, se os romanos passassem a dominadores não voltariam a ser povo dominado. Acrescente-se ainda as motivações sociais e a ambição dos chefes, decorrentes de novos cargos e da honra e glória resultantes dos feitos de conquista e do exercício de determinadas funções de chefia. E há ainda motivações económicas que resultam dos saques, dos impostos lançados sobre os povos dominados, dos prisioneiros de guerra que se transformam em escravos, dos novos mercados que se abrem e com eles mais oportunidades de negócio, da maior quantidade de terras férteis para os colonos romanos.
É claro que vencedores e vencidos vêem esta conquista e ocupação de forma muito diferente, já o sabeis, analisámos documentos neste sentido durante a aula já leccionada sobre esta matéria.
Os romanos vão romanizar os povos conquistados, ou seja, "tornar romanos" influenciando-os através do latim, do direito romano, através do urbanismo, das técnicas de construção, através da fabulosa rede viária construída por todo o império, através da cultura, da arte, da ciência, do estilo de vida.
É claro, já o sabeis, a romanização teve muito mais êxito a ocidente do que a oriente, já que aqui se concentravam civilizações muito fortes e poderosas e por isso mais resistentes à romanização.
Durante séculos, os vários povos que integravam o Império viveram a chamada Pax Romana, ou seja, viviam em paz, mas sendo que esta paz era armada, forçada, vigiada de perto pelas legiões, pelos militares que a impunham com a sua presença.
Quanto à economia ela era urbana, comercial e monetária já que a vida dentro do império se concentrava nas urbes, cidades, onde se praticava um intenso comércio com produtos trocados por todo o império.
Dentro do império praticava-se a agricultura, a criação de gado, a exploração mineira, a extração de sal, a pesca, fabricava-se artesanato muito diverso, e, claro está, praticava-se o comércio muito facilitado pela rede de estradas, pela navegação fluvial e marítima e pela enorme circulação de moeda.

A apresentação em PowerPoint que já explorámos na sala de aula está disponível com o nome O - O Império Romano, Romanização e Economia e a ficha formativa está em M - Roma 1.
Estudem. Procurem resolver os exercícios do livro e as fichas formativas.
Se surgir qualquer dúvida, sabeis onde me encontrar.

Deixo-vos com a reconstituição da cidade de Ammaia, na Lusitânia. Visitem-na! Está à distância de dois cliques.




E ainda a reconstituição da magnífica cidade de Roma.



E sobre a mítica Pompeia.





 

 

 E sobre as fronteiras do Império Romano, a Leste.





E na Bretanha era assim...




domingo, 5 de fevereiro de 2012

16ª Aula - A Arte Grega

16ª Aula - A Arte Grega

Sumário: A arte grega: pintura, escultura e arquitetura.

Como estão recordados, iniciámos a 16ª aula, intitulada "a arte grega", pela pintura e disse-vos que a pintura foi aplicada sobre a escultura, a arquitetura e a cerâmica se bem que da pintura sobre escultura e arquitetura só chegaram até nós pouco mais do que vestígios de pigmentos, ao contrário da pintura sobre cerâmica que está muito bem documentada, já que os gregos comercializaram a sua esplêndida cerâmica por toda a bacia mediterrânica. A decoração era inicialmente geométrica, depois zoomórfica e antropomórfica que, com o decorrer do tempo, se tornou a temática preferida - o Homem - com os artistas a pintarem cenas do quotidiano, da vida dos deuses e dos heróis.
A cerâmica mais famosa é a do século VI a. C. com figuras negras pintadas sobre fundo vermelho e a do século V a. C., exatamente o seu inverso, com figuras vermelhas pintadas sobre fundo negro.
Quanto à escultura iniciámos a sua abordagem pelo período arcaico, que vai dos séculos VII a inícios do século V a. C., pelos kouroi e pelas korai, respetivamente rapazes e raparigas jovens representados de forma muito convencional, estática, hirta, rígida, pouco natural, de sorriso convencional no rosto e com óbvias influências da escultura egípcia. Os koroi eram representados sempre nus, as korai vestidas e a representação de ambos vai evoluindo no sentido de uma maior naturalidade, leveza, graciosidade que é notória no período seguinte, o período Severo que se estende de inícios do século V a. C. até meados deste século e em que a figura humana adquire uma graciosidade de gesto e de pose e um realismo cada vez maior, sendo que a escultura grega é sempre idealista, não se esqueçam, porque procura representar um ideal de beleza feminino ou masculino e não alguém em particular.
Segue-se o período clássico, de 450 a 325 a. C. em que a escultura grega atinge, em termos de qualidade técnica, um patamar de exceção no sentido de um naturalismo e de um realismo/idealismo absolutamente fabulosos.
Os principais escultores do século V a. C. foram Fídias, famoso autor envolvido na construção do Pártenon, Míron e Policleto e os principais escultores do século IV a. C. foram Praxíteles e Lisipo. A temática continuou a ser o homem idealizado, os deuses, os heróis.
E eis-nos chegados ao período helenístico, que se estende do século III a I a. C. que nos lega verdadeiras composições narrativas, lembrem-se da belíssima escultura "O grupo de Laocoonte" com a sua teatralidade, paixão, sofrimento e drama expressos nos rostos e nas poses em tensão, das figuras que analisámos.
E chegámos à arquitetura e às ordens arquitetónicas inventadas pelos gregos - dórica, jónica e coríntia, com os seus característicos capitéis que vos servirão para as distinguir, muito embora elas não se distingam unicamente por esse elemento arquitetónico. Tereis de saber os nomes de todos os elementos arquitetónicos que estão no PowerPoint no diapositivo 24. Não se esqueçam que sabidas estas ordens na ponta da língua elas serão úteis de novo para a arte romana, que abordaremos na terceira aula reservada aos romanos, e para a arte do renascimento que abordaremos no 8º ano de escolaridade.
Não se esqueçam da tipologia da arquitetura grega com os seus característicos templos, os estádios e os teatros e não se esqueçam das características desta original arquitetura - arquitetura feita à medida do homem, que apresenta um grande equilíbrio de proporções, harmoniosa, feita para valorizar o próprio homem.
A apresentação em PowrPoint está disponível com o nome N - Arte Grega - pintura, escultura e arquitetura e a ficha formativa está em L - Grécia 3.

E pronto, terminamos a matéria para o teste de avaliação. São apenas quatro aulas de matéria em que abordámos hebreus, fenícios e gregos, são apenas quatro aulas de matéria mas a exigirem muito estudo que eu não quero fracas notas no próximo teste de avaliação e quero toda a gente a melhorar os seus resultados.
Já sabeis que deveis fazer os questionários que constam no vosso manual e também já sabeis onde me encontrar para o esclarecimento de quaisquer dúvidas que possam surgir. Não se acanhem.
Votos de excelente trabalho.

Deixo-vos, por último uns vídeos por mim selecionados no youtube. Vejam-nos com atenção.



Sobre a escultura, aconselho-vos a verem este vídeo e que vos ajudará, por certo, a ver com olhos de ver e não apenas de olhar.



E sobre as ordens arquitetónicas dórica, jónica e coríntia deixo-vos este vídeo para se relembrarem dos elementos arquitetónicos que as caracterizam.




Deixo-vos ainda este vídeo/resumo sobre a civilização grega, em espanhol, que devereis ver com muita atenção até porque aborda as civilizações cretense e micénica, que nós não explorámos em contexto de sala de aula pois não fazem parte do nosso programa, o que não quer dizer que as desconheçais por completo... o saber nunca ocupou lugar, não é assim?


domingo, 29 de janeiro de 2012

Blogue do Ano 2011 - História 7


Blogue do Ano 2011 - História 7

Meus queridos alunos, esta é uma mensagem feliz e é especialmente dirigida a vocês porque sem vós este blogue, estritamente de trabalho, não existiria.
É com enorme orgulho que vos comunico que somos o "Blogue do Ano 2011" pois ganhámos, na categoria História, o concurso de blogues promovido pelo Aventar. Estamos todos de parabéns pelo trabalho desenvolvido desde o início deste ano letivo. Já estávamos antes, agora estamos mais um bocadinho.

Faltava-me, confesso, enquanto professora, dar um passo em frente nesta blogosfera que eu amo e, depois do meu Anabela Magalhães e do meu História em Movimento, faltava-me iniciar um projeto deste tipo, pragmático, dirigido a vós, alunos, na tentativa, mais uma, de vos cativar para o estudo da História, disciplina fundamental para que vós entendais o presente e possais perspetivar o futuro. A História não tem de ser uma coisa chatérrima e um desprazer, pois não?
Agradeço-vos a todos pela ajuda, pela colaboração, pela votação neste blogue que eu sei que alguns se empenharam porque já sentem este blogue como coisa sua... que é.
Nunca se esqueçam que ele existe porque vós existis e ponto final.

Quero ainda agradecer a todos os leitores deste blogue que não são meus alunos, especialmente aos meus colegas de profissão e dentro deste grupo aos que comigo partilham o amor a esta disciplina tão fundamental e estruturante do pensamento e o usam e até o divulgam entre os seus alunos. Todos somos poucos para dar a volta ao ensino da História que não pode ser mais uma "seca".
Por último quero deixar os meus sinceros parabéns a todos quantos disputaram a final, na categoria História. Todos estamos de parabéns pelo trabalho desenvolvido na divulgação desta disciplina.

sábado, 28 de janeiro de 2012

15ª Aula - Grécia - Atenas no Século V a.C. - Política, Religião e Cultura

15ª Aula - Grécia - Atenas - Política, Religião e Cultura

Sumário: O surgimento da democracia em Atenas: orgãos do poder e limitações do regime democrático.
A religião: deuses e culto.
A cultura: o teatro, a filosofia, a história e a oratória

Meus queridos alunos, lembram-se que iniciámos a aula pela descodificação de uma palavra que utilizamos frequentemente na atualidade e que é a palavra democracia, do grego, dêmos, que significa povo, mais kratos, poder, literalmente poder do povo.
Este foi o regime político criado em Atenas, consolidado pelas leis de Sólon que decretou a igualdade para todos os homens livres, pelas leis de Clístenes que dividiu a península da Ática, área que integrava a cidade estado de Atenas, em 100 demos, ou áreas admnistrativas que por sua vez estavam agrupadas em 10 tribos de onde saíam os cidadãos que governavam a cidade e ainda pelas leis de Péricles que criou um subsídio para todos os cidadãos que desempenhassem um cargo político, o que possibilitou a entrada na política ativa, desempenhando cargos, a cidadãos com poucos recursos.
Existiam vários órgãos de poder em Atenas, entre eles a Eclésia, ou Assembleia do Povo, que se reunia na Pnix e onde, teoricamente, podiam participar todos os cidadãos, intervindo por tempo determinado, contado por um relógio de água e/ou votando as leis, normalmente de braço no ar, que eram preparadas na Bulé. A Eclésia decidia a paz, a guerra, as condenações ao ostracismo, castigo para quem colocasse em perigo a democracia ateniense e que consistia no exílio, expulsão por 10 anos da cidade e ainda elegia os 10 estrategos que comandavam o exército, a marinha e administravam a cidade, fazendo cumprir as leis.
A Bulé era constituída por 500 cidadãos sorteados à razão de 50 por tribo, eram 10 tribos, não se esqueçam. A sua função consistia na preparação dos projetos lei para serem aprovados na Eclésia.
Existiam dois tribunais, o Helieu, para crimes mais correntes de infração às leis da cidade e o Areópago destinado ao julgamento de crimes mais graves como homicídio ou crimes ligados a questões religiosas.
Existiam ainda 10 arcontes que presidiam aos tribunais e organizavam o culto aos deuses.
Não se esqueçam que a democracia grega, sendo direta, era imperfeita e limitada pois muito embora todos os cidadãos pudessem participar na vida política da cidade votando diretamente as leis, não era pois como na nossa democracia atual em que elegemos quem depois, indiretamente, vota as leis por nós, a verdade é que só um pequena minoria dos habitantes da cidade participava na vida política de Atenas pois metecos, mulheres e escravos, a maioria dos seus habitantes, estava completamente excluída não podendo os seus membros eleger nem ser eleitos para qualquer cargo. Não se esqueçam também da limitação de mandatos na Grécia... o poder pode corromper, não é assim?
Quanto à religião, já sabeis que vigorava o politeísmo já que os gregos adoravam muitos deuses. Moradores no monte Olimpo, os deuses gregos amavam, odiavam como os humanos mas eram possuidores de poderes sobrenaturais e eram imortais, características que os afastavam do comum dos mortais. Alguns exemplos mais conhecidos são Zeus, o deus dos deuses, Dioniso, o deus do vinho e da embriaguez, Atena, a deusa da arte da guerra e da sabedoria, Apolo, deus do sol, das artes, Hermes, deus das viagens e do comércio, Afrodite, deusa da beleza e do amor... e tantos tantos outros...
Cada cidade-estado tinha os seus deuses protetores e o culto fazia-se em casa, nos templos ou em santuários realizados para os efeitos, por exemplo Olímpia, onde se realizavam os jogos olímpicos e Delfos onde a sacerdotiza Pítia adivinhava o futuro. O culto consistia em oferendas de comida e vinho, sacrifícios de animais, flores e orações. Os gregos veneravam ainda os heróis, de origem semi divina e que tinham praticado feitos extraordinários.
Relativamente à cultura grega já sabeis que nós hoje em dia somos-lhe profundamente devedores. Devemos-lhe a História, não se esqueçam dos principais historiadores gregos Heródoto, considerado o pai da História e Tucídides; a Filosofia, do grego filos, amigo, mais sofia, sabedoria, com nomes tão importantes como Sócrates, Platão e Aristóteles; a Oratória, a arte de bem falar, de bem discursar, indispensável ao debate político que se realizava em Atenas; e o Teatro, inventado nas festas em honra de Dioniso, primeiro as tragédias, apelando ao choro, depois as comédias, apelando ao riso, era sempre representado por homens caracterizados com vestuário adequado e máscaras. Da observação das peças teatrais só estavam excluídos os escravos.

Deixo-vos ficar o link para a aula M - Grécia - Atenas - política, religião e cultura que deveis rever com atenção e passar para os vossos portefólio para manterem a matéria ordenada e organizada para que os estudo se faça de forma profícua.
Deixo-vos ainda o link para a ficha formativa - J - Grécia 2 que podeis e deveis fazer.
Quanto aos vídeos prometo colocá-los logo que possível, ok?
Votos de excelente trabalho.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

14ª Aula - Grécia - Território, Economia e Sociedade

14ª Aula - Grécia - Território, Economia e Sociedade

Sumário: O mundo helénico no século V a. C. - localização, condições geográficas e formação das cidades-estado.
O exemplo de Atenas: economia e sociedade.

Meus queridos alunos, como estais lembrados, iniciámos a 14ª aula pela localização da Grécia Antiga, que compreende a Grécia Continental Europeia, mais concretamente a península balcânica, a Grécia Insular e a Grécia Asiática, situada nas costas da Ásia Menor. De seguida caracterizámos  o território grego como sendo muito montanhoso e com raras planícies férteis, onde o clima é quente e seco e onde existem raros cursos de água e de fraco caudal, condições não muito propícias à prática da agricultura. Em contrapartida, não se esqueçam, o Mediterrâneo está sempre presente e a costa, muito recortada, oferece bons portos naturais o que vai ser determinante na vocação comercial marítima dos gregos. Estas características ajudam a compreender a prática de uma agricultura não muito produtiva, a opção pelo fabrico do artesanato e a vocação marítima dos gregos atestada pelo intenso comércio por todo o Mediterrâneo.
Relembrem-se que as dificuldades de comunicação entre as comunidades gregas espalhadas por um território bastante disperso e acidentado explicam, em grande medida, a formação de cidades-estado cidades independentes umas das outras a nível geográfico, político, religioso, económico,social. De notar que, muito embora a Grécia Antiga não tivesse unidade política, a verdade é que os gregos sentiam-se unidos por traços comuns como a língua, as crenças, os cultos religiosos, os hábitos e costumes e, por isso, faz todo o sentido falarmos do povo grego e da Grécia como um todo. Não se esqueçam também que os gregos fundaram colónias por todo o Mediterrâneo, nas costas do Mar Negro, no norte de África, e não se esqueçam da Magna Grécia, ou Grande Grécia, no sul da atual Itália, território que incluía a ilha da Sicília para onde os gregos se expandiram a partir do território original.
Relembrem-se que as cidades-estado gregas estavam estruturadas em três partes distintas:
- Acrópole, parte mais alta da cidade, muralhada, onde se situavam os templos e os edifícios mais importantes e onde se refugiavam os habitantes da cidade em caso de perigo.
- Zona urbana, parte baixa da cidade onde se encontrava a ágora, grande praça pública onde se concentrava a zona comercial e serealizava o mercado e onde os cidadãos se reuniam para discutir os assuntos do dia; compreende ainda a zona habitacional, onde vive e trabalha a população.
- Zona rural, situada à volta da zona urbana onde se situam os campos de cultivo e bosques que asseguram as subsistências aos habitantes da cidade-estado.
A cidade-estado mais importante da Grécia do século V a. C. era Atenas - Atenção nada de me escreverem Antenas! - situada na península da Ática e que possuía um importante e movimentado porto, chamado Pireu, por onde saíam e entravam mercadorias em grande quantidade fruto de um comércio marítimo muito intenso. Praticava-se uma agricultura tipicamente mediterrânica com o cultivo de cereais - trigo e cevada -, oliveira e vinha, praticava-se a criação de gado, principalmente ovino e caprino, a pesca, a exploração de minas de prata. O fabrico de artesanato, as cerâmicas gregas eram muito apreciadas, tinha um grande peso na economia e era exportado por todo o Mediterrâneo. O comércio era intenso no porto do Pireu entre importações - trigo, gado, minérios, sal, papiro, marfim, madeira, escravos - e exportações - artesanato diverso, vinho, azeite.
A sociedade ateniense dividia-se em:
- Cidadãos, filhos rapazes de pai e mãe ateniense, maiores de 18 anos, só eles podiam participar na vida política da cidade, só eles podiam ser eleitos ou eleger, só eles podiam possuir terras, estavam isentos do pagamento de impostos. Tinham uma excelente preparação e desde pequenos instruíam-se para poderem participar plenamente na vida política de Atenas.
- Metecos, estrangeiros residentes em Atenas, prestavam serviço militar obrigatório, pagavam impostos, dedicavam-se ao artesanato e comércio.
- Mulheres, tinham direitos muito limitados e viviam na mais completa dependência dos homens - pais ou maridos. Eram excluídas da vida política.
- Escravos - eram cerca de 1/3 da população de Atenas proveniente da pirataria no Mediterrâneo e prisioneiros de guerra e a eles estavam reservados os trabalhos mais duros. Trabalhavam nas minas, na agricultura, na produção de artesanato, faziam trabalhos domésticos. os seus donos podiam conceder-lhes a liberdade.

A apresentação em PowerPoint que explorámos na aula, onde se encontra toda esta matéria, intitula-se L- Grécia - Atenas - Economia e Sociedade e podeis consultá-la na hiperligação a vermelho.
Não se esqueçam dos trabalhos de casa, divididos em três partes distintas e que nunca podem falhar.
Podeis e deveis complementar o vosso estudo resolvendo a ficha formativa intitulada I - Grécia 1 e ainda todos os exercícios do manual referentes a esta matéria. E já sabeis, qualquer dúvida, estou por aqui e vós sabeis bem como me encontrar.
Por último, deixo-vos pequenos vídeos retirados do Youtube que podem servir para consolidarem a matéria.
Bom trabalho!




quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Partilha - Portefólio - Apresentação e Objetivos

Partilha - Portefólio - Apresentação e Objetivos

Hoje partilho com os meus leitores dois textos de um portefólio de um aluno. A partilha faz-se depois de obtidas as respetivas autorizações: primeiro do seu autor, depois da respetiva encarregada de educação.
São dois textos que me enchem de orgulho enquanto Professora, que me enchem de orgulho enquanto Ser Humano e que só podem honrar a Escola Pública pela maturidade demonstrada, pela personalidade neles transparecida. Tomara que todos os nossos alunos seguissem uma linha de pensamento deste calibre e valorizassem a sua formação desta forma.
Obrigada, aluno meu!


Quem sou eu

Olá a todos!

Eu sou o _______, mais conhecido por "________".
Fiz, há muito pouco tempo, doze anos e já me sinto um verdadeiro "teenager"!
Vivo numa das três principais freguesias de Amarante, que é ________, e reconheço que esta cidade é, de facto, muito bonita pelo seu verde e Rio Tâmega, embora este se encontre um bocado sujo...
Nos meus tempos livres, adoro tocar guitarra (clássica ou elétrica) e ver TV.
Em relação ao meu futuro profissional, ainda não sei o que pretendo ser, embora talvez gostasse de ser músico, pois gosto muito dos Beatles, Pink Floyd, Dire Straits, Cat Stevens, entre outros.
Na Escola, tento ser sempre um bom aluno, já que, só assim, terei maior probabilidade de conseguir uma profissão estável e com algum prestígio.

A ver vamos...

Objetivos que Eu quero alcançar

Olá! eu sou o _________ e vou falar dos meus objetivos para este ano na disciplina de História.
Como nestes últimos dois anos sempre tirei cinco a esta disciplina, está claro que o meu maior objetivo para este ano letivo é tirar, se possível, cinco nos três períodos que constituem o ano escolar.
Também quero ter a atenção e a amizade da professora, que ela saiba do interesse e empenho que tenho para com esta área disciplinar e que seja um exemplo para os alunos com notas mais fracas ou com poucas condições para estudar devidamente.
Por último, quero que seja "recordado" em História por ser um aluno sabedor de conhecimentos acima da média, astuto e com grandes notas nesta disciplina.
Como, agora, já conhecem os objetivos que eu gostaria de atingir, despeço-me de vós.
Tchau!!!

13ª Aula - Hebreus e Fenícios

13ª Aula - Hebreus e Fenícios

Sumário: Os Hebreus: a originalidade da religião monoteísta hebraica. Os Fenícios: a escrita alfabética.

Meus queridos alunos,

depois deste interregno em que andámos ocupados com testes e avaliações eis que retomamos o trabalho com afinco e vontade de fazer mais e melhor. Tenham atenção à numeração das aulas que, a partir de agora, estarão desfasadas para muitos de vós, nomeadamente à conta dos feriados que fomos tendo ao longo do 1º período.
Posto isto, ao trabalho!

A primeira parte desta aula remete-nos para matérias que muitos de vós já conheceis das vossas aulas de catequese. Os hebreus, ou seja "os que vagueiam", povo de origem semita, segundo a Bíblia descendentes de Sem, filho primogénito de Noé, eram originários da Mesopotâmia, região que se situava entre os rios Eufrates e Tigre, no atual Iraque. A originalidade maior deste povo de pastores nómadas é que professavam uma religião monoteísta, adorando um só Deus, Javé, criador do do mundo e do homem e consideravam-se o povo eleito por Deus para revelarem aos outros povos a lei de Deus. Os profetas anunciavam a vinda de um Messias, filho de Deus, que salvaria os hebreus da opressão.
Cerca de 1800 a. C., guiados pelo patriarca Abraão, saíram da Mesopotâmia à procura da Terra Prometida que encontraram na região da Palestina, região fértil, atravessada pelo rio Jordão. Apoquentados por secas e fomes os hebreus partem de novo e fixam-se no Egito, onde são reduzidos à escravidão e por aí permanecem até cerca de 1200 a. C. data em que, guiados pelo patriarca Moisés, regressam à Palestina. Durante o êxodo, no monte Sinai, Moisés recebe, segundo a Bíblia, as Tábuas da Lei que contêm os Dez Mandamentos da Lei de Deus e prosseguem a viagem acabando por fundar o Estado de Israel, no século XI a. C. A partir do século VIII a região foi sucessivamente ocupada por Assírios, Babilónios, Persas, Gregos e Romanos.
Os hebreus, judeus actuais, não reconheceram Jesus Cristo como filho de Deus e ainda hoje aguardam a vinda do Messias. Para os cristãos, o Messias já veio ao mundo e morreu aos 33 anos, na província romana da Judeia.

Hebreus




Os fenícios, povo sem unidade política, habitavam uma estreita faixa de terra situada entre o mar Mediterrâneo e as atuais Montanhas do Líbano, onde fundaram cidades-estado independentes umas das outras. O solo era pobre e acidentado e os fenícios, embora praticassem a agricultura e cultivassem a vinha, a oliveira e o linho, especializaram-se no fabrico de artesanato e no comércio que praticavam por todo o Mediterrâneo tendo-se até aventurado pelo oceano Atlântico, para Norte, até à Grã-Bretanha, e para Sul, até ao atual Senegal. Os fenícios, excelentes marinheiros, fundaram muitas colónias por toda a bacia mediterrânica, a mais famosa das quais situada na costa norte de África, na atual Tunísia, chamada Cartago.
Os fenícios exportavam madeira de cedro, panos de cor púrpura, objetos de cerâmica, de vidro, de metal e importavam matérias primas como ouro, prata, cobre, estanho, chumbo, marfim, cereais, papiro, sal.
A sua intensa atividade comercial levou-os a inventarem uma escrita simplificada, a escrita alfabética, criada cerca de 1200 a.C.. Este alfabeto, constituído por 22 letras e em que cada letra corresponde a um som, está na origem do alfabeto por nós utilizado hoje em dia e está na origem de todas as escritas ocidentais.
Deixo-vos o link para a apresentação que já explorámos em contexto de sala de aula, intitulada J - Hebreus e Fenícios. Deixo-vos ainda o link para a ficha formativa H - Hebreus e Fenícios que podereis e devereis tentar resolver. Já sabeis que, tendo dificuldades, esta professora encontra-se on-line, na Escola ou em casa, para vos ajudar a resolver qualquer dificuldade.
E finalmente deixo-vos três vídeos que complementam esta aula e que, eu sei, são sempre tanto do vosso agrado.
Fiquem bem, alunos meus! Votos de excelente trabalho!

Fenícios








quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Trabalho - Portefólios

Portefólios - 7º Ano - EB 2/3 de Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Trabalho - Portefólios

Meus queridos alunos

Dentro em breve farei nova postagem com a aula referente aos Hebreus e aos Fenícios.
Entretanto, e enquanto isso não acontece, não resisto a partilhar alguns desenhos que constam dos vossos portefólios, alguns primorosamente realizados e que me dão, por esse facto, um imenso gosto a corrigir.
Podem continuar, quem assim cuida das suas aprendizagens, quem assim não cuida delas pode sempre aproveitar para arrepiar caminho...

Nota - Estes desenhos também podem ser vistos aqui.

sábado, 12 de novembro de 2011

Post para Esclarecimento de Dúvidas

Post para Esclarecimento de Dúvidas

À medida que me chegarem as vossas dúvidas irei responder-lhes por aqui porque as dúvidas de uns podem ser as dúvidas de outros.
Um de vós, já não sei quem porque me deixou a dúvida no meu blogue pessoal e agora eu não a encontro, solicitou-me o esclarecimento sobre o que é um vizir.
Ora um vizir é o que ocupa o 2º lugar na hierarquia governativa no Antigo Egito, na hierarquia do Estado, logo abaixo do faraó, ou seja, é o braço direito do rei que o ajuda na governação.
Esclarecido?

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Bons Conselhos

Bons Conselhos

Meus caros alunos e alunas

A arte no Egito - pintura, escultura e arquitetura - foi/é a última matéria que vos lecionei/lecionarei e que sairá no teste de avaliação que fareis em breve. Aconselho-vos a não deixarem a sua preparação para a véspera, aconselho-vos a fazerem uma preparação com calma e com tempo. Leiam a matéria no livro, quem gosta de estudar a escrever deverá fazer resumos da matéria só com os tópicos importantes que devereis saber, quem gosta de estudar a fazer esquemas deverá fazê-los, revejam as apresentações em PowerPoint, relembrem-se das aulas, testem os vossos conhecimentos quer através da realização das fichas formativas que para vós fiz, quer através dos exercícios que constam no vosso manual e no caderno de atividades.
Já sabeis que estou sempre disponível para vos esclarecer qualquer dúvida que surja, dentro e fora da sala de aula. Sabeis o meu e-mail, podeis também enviar-me qualquer dúvida para o chat do facebook. Quer eu me encontre on-line ou off-line, por certo não deixarei de dar resposta às dúvidas que me colocareis. Temos de nos organizar e temos de aproveitar tudo o que as novas tecnologias podem fazer por nós e temos, impreterivelmente, de as colocar ao nosso serviço, não concordais?
A matéria, sobre a qual incidirá o teste de avaliação, é belíssima - começámos pela hominização e pelas conquistas dos primeiros hominídeos, a bipedia e a verticalidade, o fabrico de instrumentos, a conquista do fogo, o sepultamento dos mortos e chegámos ao Homo sapiens sapiens, ou seja a nós, acompanhámos as suas fabulosas conquistas, a arte ainda no Paleolítico e depois as inúmeras conquistas alcançadas durante Neolítico, a descoberta da agricultura, da domesticação dos animais, da criação de gado, da cestaria, da olaria, da tecelagem, da pedra polida, da roda... e eis-nos no Egito, a revisitar uma das civilizações pré-clássicas mais interessantes de toda a região do Crescente Fértil.
Estudem. Não se esqueçam do que eu vos disse - durante a preparação das aulas a bola está do meu lado e é minha obrigação fazer o melhor que posso e sei para vos tornar a matéria o mais interessante e aliciante possível. O que faço. Depois passo a bola para o vosso lado... e tereis agora de me retribuir com dedicação, esforço, trabalho afincado e honesto.
Quero corrigir testes que me encham de alegria. Não quero mais, não quero menos. E em vez de vos desejar sorte, desejo-vos um excelente trabalho.
Fiquem bem.

9ª Aula - A Arte no Egito

9ª Aula - A Arte no Egito

Sumário: A arte no Egito: pintura, escultura e arquitetura.

Esperando que a aula tenha sido muito do vosso agrado, relembro-vos algumas características importantes da pintura e do relevo no Antigo Egito: a lei da frontalidade, a policromia -frequentemente utilizada também para o relevo-, a ausência de perspetiva, a rigidez das figuras e dos seus "movimentos", a dimensão das figuras humanas representadas segundo a sua importância, as figuras masculinas representadas com a pele pintada a vermelho tijolo, as femininas, mais clarinhas, a ocre amarelo.
Quanto às temáticas estas abordam temas religiosos, ligados ao culto dos deuses e associados à crença na vida para além da morte, temas da vida quotidiana, da guerra. O estilo é narrativo e a função é religiosa, funerárianão decorativa.
Na escultura observámos a rigidez das poses, a ausência de dinamismo, a lei da frontalidade - a estátua é para ser vista de frente-, a representação das figuras humanas igualmente representadas de acordo com a sua importância, tanto maiores quanto mais importante fosse a sua condição social, a representação de figuras humanas idealizadas, de faraós e rainhas, e também as esculturas bem mais expressivas e realistas das classes inferiores, pequena estatuária muito bela que, com as esculturas do período de Tell el Amarna, saem um pouco das características anteriormente apontadas de idealização e de transmissão de calma imperturbável.
Relativamente à arquitetura, estudámos as tipologias dos edifícios que até aos nossos dias chegaram - templos e túmulos e dentro desta última tipologia desenhei-vos, e vocês também desenharam, uma mastaba, uma pirâmide de degraus, uma romboidal, uma perfeita, como as de Gizé, um hipogeu, como o túmulo de Tutankamon.
As características desta arquitetura são a solidez, a durabilidade, as dimenssões colossais, a grandiosidade, a monumentalidade, a simetria, as formas simples e geométricas que estão à vista de qualquer observador mais ou menos atento.
Podem aceder à minha apresentação em PowerPoint clicando em I - A arte no Egito.

Deixo-vos o link para uma ferramenta espetacular chamada Google Street View através da qual podeis navegar pelo Egito sem sair de casa.

Por último, deixo-vos uma série de vídeos que deveis visionar com atenção.

Pintura Egípcia



Sobre as pirâmides





E agora para fazerem revisões... em português.










sábado, 5 de novembro de 2011

8ª Aula - A Religião no Egito

8ª Aula - A Religião no Egito

Sumário: A religião no Egito: o politeísmo. A crença na imortalidade e a mumificação.

Na última aula falámos do politeísmo no antigo Egito, ou seja, na crença e no culto praticado pelos egípcios a muitos deuses quer fossem de âmbito nacional, regional e/ou local. Aprendemos o nome de alguns, como Osíris, o deus dos mortos; Anúbis, o deus da mumificação; Hórus, o deus protetor dos faraós e da ressureição; Hathor, a deusa do amor; Ísis a deusa da fertilidade, voltaremos a falar dela quando estudarmos os romanos, e Amon-Ré ou Rá, o deus sol... isto só para falarmos de uns quantos mais conhecidos. E ficaram a saber que os deuses se representavam de três formas - forma completamente humana, forma completamente animal e mista, ou seja, parte animal, parte humana.
Falámos também do breve período em que aos egípcios foi imposta uma religião monoteísta, durante o reinado de Amenófis IV em que este faraó impôs um único culto, a Áton, chegando a mudar o seu nome para Akenaton, ou aquele que venera Áton. Foi o primeiro episódio de monoteísmo e decididamente os egípcios ainda não estavam preparados para tal. Quando o faraó morreu, o Egito mergulhou, de novo, no politeísmo.
Depois falámos da crença na vida para além da morte e que essa outra vida, eterna, tinha ainda a particularidade de ser exatamente igual a esta, daí que os egípcios procedessem à mumificação dos corpos e fossem sepultados com todos os seus haveres: peças de mobiliário, calçado, vestuário... sendo os túmulos tanto mais ricos em recheio quanto mais importante era o estatuto e riqueza da pessoa sepultada. Claro que a maioria da população era apenas sepultada no deserto, onde, curiosamente, muitos corpos sofreram um processo de mumificação natural.
Abstenho-me de repetir os pormenores do processo de mumificação, por certo já os sabeis na ponta da língua, e terminarei este brevíssimo resumo relembrando apenas que os egípcios conheciam bastante bem a anatomia humana, desenvolveram imenso a medicina, praticavam mesmo algumas cirurgias e também desenvolveram bastante a farmácia.
Relembro que os egípcios acreditavam que depois da morte compareciam no Tribunal de Osíris para o julgamento final e que, durante este julgamento, o coração, "alma" do defunto, era pesado e deveria pesar menos do que uma pluma para o falecido poder aceder à vida eterna.
Deixo-vos a apresentação em PowerPoint, da minha autoria, já explorada em contexto de sala de aula, chamada H - A religião no Egito. Como já é habitual também vos deixo uma ficha formativa que podeis e deveis fazer e que vos servirá para testar os conhecimentos adquiridos sobre a matéria e que podeis encontrar com o nome G - O Egito.
Deixo-vos ainda alguns vídeos interessantes que complementam assuntos abordados nesta aula.

O "Antigo Egito", da série "Grandes Civilizações.



O hipogeu de Tutancámon.



Múmias egípcias... espero que não se  impressionem.



Ainda sobre o mesmo tema...



E mais um pequeno filme sobre o processo de mumificação. Espero que do vosso agrado.